Conheça a história do Teatro Municipal Café Pequeno

O Teatro Municipal Café Pequeno deve sua origem ao autor, ator e diretor Aurimar Rocha, que inaugurou em setembro de 1968 o Teatro de Bolso do Leblon, dando continuidade ao trabalho que havia começado com o Teatro de Bolso de Ipanema. Localizado na Avenida Ataulfo de Paiva, o Teatro de Bolso do Leblon, foi inaugurado com a peça “Minha doce subversiva”, da autoria do próprio Aurimar. No dia 06 de setembro do mesmo ano o Teatro foi interditado pelo corpo de bombeiros, que alegava a falta de segurança do espaço. Depois de muita luta, enfim o teatro consegue o Alvará de Licença emitido pelo Corpo de Bombeiros. Em maio de 1979 Aurimar Rocha falece e em 04 de setembro de 1980 o teatro passa aos seus herdeiros. A partir de então passa a funcionar exclusivamente como teatro de bonecos tinha dois objetivos: o primeiro era atender a uma reivindicação de trabalhadores e artistas do gênero, que ansiavam por um espaço próprio; o segundo, e talvez mais importante, era evitar que o teatro fosse fechado em consequência das dificuldades apresentadas pela exploração normal.

No dia 03 de setembro de 1980 foi inaugurado o Teatro de Bolso Aurimar Rocha, com o espetáculo Festança, do grupo Mamulengo Só-Riso, de Olinda. Em julho de 1983, o Inacen – Instituto Nacional de Artes Cênicas – abriu concorrência para ocupação do Teatro de Bolso Aurimar Rocha. Dois anos depois, o espaço foi objeto de intensa disputa entre os herdeiros de Aurimar Rocha: as filhas de seu primeiro casamento com Marli Rotondoro, Vivien e Elizabeth, queriam que o contrato com o Inacen – que venceria em 1986 – fosse rescindido, contudo, a viúva Vera Brito não permitiu que isso acontecesse e o Inacen permaneceu como arrendatário.

Durante o período de arrendamento o Inecen tentou transformar o espaço numa sala especializada em teatro de bonecos, mas a ideia se provou ineficiente e as montagens que passaram pelo palco do Teatro atraíram muito pouco os espectadores. A partir de então o espaço seguiu sem muita expressividade na cena carioca até que em 09 de maio de 1995, a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro adquiriu a cada de espetáculos num leilão.

Depois da compra o teatro foi fechado para reformas e reinaugurado em 12 de julho de 1996 com o nome de Teatro Municipal Café-Pequeno. O teatro passou por reformas e depois foi entregue ao diretor Wolf Maya, que pretendia, montar peças que misturassem música e comédia. Atualmente o espaço se afirma na cena carioca como um local de fomento a cultura e incentivo a novas possibilidades.

FONTES SOBRE O TEATRO MUNICIPAL CAFÉ PEQUENO:

  • DIAS, José da Silva. Teatros do Rio: do século XVIII ao século XX. Rio de Janeiro: FUNARTE, 2012, p.474-477
  • Secretaria Municipal de Cultura – http://www.rio.rj.gov.br/smc/teatros

Um Comentário

  1. Alessandra

    A população e a Prefeitura do RJ, que não permitiu a permanência do nome do criador do Teatro, não podem deixar de recordar do nome original, o Teatro de Bolso. O local foi construído pelo genial e saudoso ator e diretor AURIMAR ROCHA.
    “O Teatro Municipal Café Pequeno deve sua origem ao autor, ator e diretor Aurimar Rocha, que inaugurou em setembro de 1968 o Teatro de Bolso do Leblon, dando continuidade ao trabalho que havia começado com o Teatro de Bolso de Ipanema. Localizado na Avenida Ataulfo de Paiva, o teatro foi inaugurado com a peça “Minha doce subversiva”, da autoria do próprio Aurimar. Ele falece em 1979, e em setembro de 1980 o teatro passa aos seus herdeiros”

  2. fatima valenca

    Faltam informações à história desse espaço cultural. Por exemplo: A LIRA DOS VINTE ANOS, do saudoso dramaturgo Paulo Cesar Coutinho, estreou em outubro de 1983 no Teatro de Bolso Aurimar Rocha, reabrindo o espaço para montagens com atores. Foi um sucesso de público e crítica. Saudações cênicas.

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